sábado, 31 de julho de 2010

inspeção e re-inspeção...

Sábado 17:36 pontualmente o horário marcado para a inspeção veicular, depois de passar a semana toda atrás de retifica de motor; limpeza e aferição de carburador e uma correria total agora chegou o dia...
O coitado do Vw oval é levado ao box para ser mexido por pessoas estranhas...
Todo o tempo uma ansiedade torturante e o Vw é acelerado e reacelerado...
Laudo final: REPROVADO, o tal do fatôr HCc deveria estar no máximo com 700 e deu uns míseros 34 a mais e está em desacordo, isto significa que se tornou um veículo poluidor da cidade de São Paulo, e por isso não está apto a rodar livremente por aí...Só tenho que expressar um pensamento que me veio neste momento: "O inferno é aquí...". Agora tenho que voltar ao fim da fila e tentar solucionar este problema...
Dario Faria

sexta-feira, 30 de julho de 2010

4 Rodas e o Karmann-Ghia

A revista 4 Rodas numero 1 datada de Agosto de 1960 mostrou na capa um belo exemplar de Karmann-Ghia com duas tonalidades de cores: vermelho e um castanho metálico, conforme apresenta a frente do carro com faróis menores e grades pequenas, trata-se de um modelo alemão por que nesta época a Karmann-Ghia ainda não fabricava os veículos por aqui.
A beleza da modelo faz jus as linhas harmoniosas do veiculo: ambos muito elegantes.
No índice da revista é mostrada uma nota explicativa das dificuldades encontradas para a execução da foto de capa. Quanto a este antigo modelo de Karmann-Ghia eu ainda não tive a oportunidade de ver um deste de perto, se foi este o unico existente deste ano, estaria ainda em algum lugar?
Dario Faria

62.000 visitas, obrigado!

Interlagos sempre foi o palco de grandes momentos do auto mobilismo brasileiro, e como não poderia deixar de ser o Vw também teve a sua participação em grandes encontros que marcaram a quebra de recorde mundial de Vws reunidos em um só local, observe a pequena seta branca apontando um Vw verde na primeira curva: este é o meu antigo Vw 1959 neste momento solene dirigido por minha esposa e eu posicionado no vão da janela da porta para aproveitar e tirar fotos.
Dario Faria
foto: revista Volkswagen família

quinta-feira, 29 de julho de 2010

Vw policia

Passeando e vendo vitrinas de lojas me deparei com este acervo de miniaturas de veículos da policia de São Paulo e acompanhado de mini-soldados em ação .
O Vw retratado é parte da velha geração quando as cores ainda eram em vermelho e preto e ficaram conhecidas como "R.P." as radio-patrulhas ou em alguns lugares: as baratinha.
E já é de muitos anos que o Estado tem adotado veículos Vws para o seu efetivo e o Vw Fusca fez a sua parte nesta história com bons serviços a comunidade, afinal "Fusca não quebra" ou "até em farmácia se encontra peça"
Dario Faria
fotos: arquivo pessoal

quarta-feira, 28 de julho de 2010

Vw familia: irmã Kombi

Este catalogo publicado em Outubro de 1961 mostra a grande variedade de derivações da versátil Kombi com dez opções, é interessante notarmos as diversas variações deste modelo para uso do Estado no caso a policia e também inclui nesta lista o Vw Fusca o qual é exaltado a novidade de agora possuir caixa de cambio totalmente sincronizada, sendo que anteriormente a primeira marcha era "seca", se o motorista não parasse para engatar arranhava e não entrava.
A ficha das características técnicas e ambos os modelos utilizavam o motor com 1200 cc, o famoso "mileduke" e equipado com a bomba de gasolina que esquentava e dilatava o diafragma e só resfriando com pano molhado ou sorvete para subir a serra de Santos.
Agora outro catalogo de Julho de 1969, já este apresenta o modelo pick-up, mas ainda não tenho a data correta que o modelo entrou na lista de produtos da Vw do Brasil.
Dario Faria
fotos: arquivo pessoal

terça-feira, 27 de julho de 2010

inspeção veicular: causa & efeito

Estas três ultimas semanas tenho corrido contra o tempo para preparar o meu Vw oval 1954 para fazer a temida inspeção veicular, o Vw não tem placa preta e desta ele não se isenta. A caixa de cambio estava com folga e o motor seguia com problemas e vazamentos de óleo, embora estava "fumando" quando era ligado pela manhã ainda estava forte e valente podendo rodar uns longos quilometros. Não teve jeito, troquei várias peças do cambio e do motor, deixei tudo em dia com um jogo de pistões;anéis; cabeçote e uma boa retifica e também a revisão do cambio, mas conta final foi alta e agora falta ainda reparar o carburador, medir o índice de CO2 e marcar a inspeção, acho que vai dar certo...
Mas, o que eu estive pensando é que quem não fizer o que é preciso não irá poder regularizar o carro e muitos irão dizer: " Vão tirar os carros velhos das ruas", mas o carro antigo e bem conservado de hoje um dia foi o novo no passado. Também alguns foram carros velhos em tempos atrás antes de uma boa restauração, ou seja, muitos vão rodar na clandestinidade até virar sucata, indo para desmanches e serem derretidos para reciclagem de aço em siderurgias. Sendo estes carros velhos que se tornariam carros antigos com o tempo, ficarão mais escassos e raros, e este talvez seria um futuro previsível, algo semelhante a uma história que ouvi há muito tempo atrás sobre uma rara Bugatti que foi para o verro-velho e foi desmanchada para retirar partes de alumínio de pouco valor. Agora observe a foto anexa acima e selecione quantos carros velhos poderia um dia se tornar um veículo antigo de coleção...
Dario Faria
foto: divulgação

Primor de restauração VW

Uma bela restauração do Fusca 1962. Sempre costumo colocar o nome do proprietário e de quem fotografou, mas nesse caso, como recebi as fotos há alguns anos, infelizmente não marquei esses dados. A qualidade da restauração é digna de nota 9,5 tamanha preocupação com os mínimos detalhes de originalidade e acabamento. O meio ponto vai por conta dos tapetes de buclê, que no Fusquinha original eram tapetes de borracha inteiriço, ou seja, pegava o lado do motorista passando pelo túnel e indo até o lado do passageiro. O tapete traseiro também no mesmo esquema. Este era sobreposto no tapete dianteiro, na divisa deles, perto do freio de mão.
O raro reservatório do esguichador do para-brisa no meio do estepe.
Tanque alto e boca média, ao contrário dos ovais que eram altos e boca grande para ver se tinha gasolina.
Motor 1200 cc com filtro de ar a banho de óleo.
Internamente perfeito nos mínimos detalhes e o principal, sem os "baducalhos" que inventam de colocar hoje em dia, como acabamento das maçanetas nas laterais, frisinhos, polainas, etc. O Fusca vinha de fabrica exatamente assim, até sem rádio.
O detalhe do cinzeiro traseiro com o puxador branco. Até 1959 o puxador era preto.

segunda-feira, 26 de julho de 2010

Vw: renascer das cinzas...

Após o término sombrio período da ll grande guerra, a Vw ressurge das cinzas e as vendas começam a surgir, acima um dos primeiros pós-guerra de 1946, notem as calotas ainda eram feitas com o emblema Vw inserido em uma engrenagem este que remota dos anos anteriores da Kdf-wagen (1939-1945) e no ano seguinte foi mudada para a tradicional de forma arredondada, e as garras de para-choque levavam o apelido de "banana" devido a seu formato curvo, este modelo foi até o inicio de 1949. O militar em pose ao lado é um oficial das forças de ocupação francesa.

A saída da produção em 1948 com uma quantidade de veículos considerável, isto após ter se passado apenas 3 anos da fabrica ter sofrido com uma infinidade de bombardeiros durante a guerra e ter sido praticamente destruída, podemos dizer que "o besouro renasceu das cinzas..."
Dario Faria
fotos: book "La Cox - France"

sexta-feira, 23 de julho de 2010

21 de julho de 1946, ha 64 anos atrás...

No dia 21 de Julho de 1946, os revendedores de carros Gottfried Schultz, da cidade de Essen, e Raffay & Co., de Hamburgo, receberam as primeiras unidades do modelo. Foram nove ao todo: oito unidades para Schultz e apenas uma para Raffay.
Por conta da dura crise financeira causada pela II Guerra Mundial, ambas as lojas enfrentaram dificuldades no começo. Schultz e Raffay foram as primeiras revendas autorizadas da Volkswagen a operar na Alemanha após a ocupação do país pelas tropas aliadas.
Tudo começou em Agosto de 1945, logo após o término do conflito e a rendição das tropas alemãs. O governo britânico encomendou 20 mil Fuscas à Volkswagen, cuja fábrica havia sofrido sérios danos depois de seguidos bombardeios. As primeiras 55 unidades do Fusca deixaram a linha de produção da montadora em Dezembro de 1945. O lote tinha como destino autoridades das forças de ocupação.
Em Outubro de 1946, o governo britânico aprovou a criação de uma rede de concessionárias nas zonas ocupadas alemãs, que compreendia 10 distribuidores e 28 pontos de venda. Por conta do crescimento da economia alemã, ocorrido posteriormente, a demanda pelo Fusca aumentou e, conseqüentemente, a rede de revendedores da Volkswagen foi obrigada a se expandir.
Em outubro de 1946, o governo britânico aprovou a criação de uma rede de concessionárias nas zonas ocupadas alemãs, que compreendia 10 distribuidores e 28 pontos de venda. Já em 1948 era fabricado o Vw numero 30.00 e por conta do crescimento da economia alemã, ocorrido posteriormente, a demanda pelo Fusca aumentou e, conseqüentemente, a rede de revendedores da Volkswagen foi obrigada a se expandir.
fotos: Dario Faria arquivo pessoal; book "La Cox", texto cedido por: Eduardo Tonin

quinta-feira, 22 de julho de 2010

Recriando o Fusca

A projeção do Du Oliveira para o Novo Fusca associa a imagem simpática do original com a modernidade da recriação. Seguindo a mesma linha, ele não demonstra envelhimento, nem ousadia demais, como aconteceu ao New Beetle, que em certos ângulos tem cara de carro velho e em outros futurista demais.

terça-feira, 20 de julho de 2010

o antigo portão...

Recentemente peguei umas fotos da antiga fabrica da FORD na rua Solon no bairro do Bom Retiro, S. Paulo que consegui e mais algumas de 1923 que tomei emprestada do amigo Mr. Nick Nikollas do blog: "carrosantigos.wordpress.com" e fiz um pacote de tudo com comparações do passado e presente e enviei ao amigo Guilherme do blog: "antigosverdeamarelo.blogspot.com", a ideia era mostrar o quanto é desprezado o maltratado os antigos prédios que um dia forma o marco da industria brasileira.
Em originalidade a ideia não é nova eu sei, é só ver as fotos da antiga Vw que era localizada na rua do Manifesto, bairro do Ipiranga, S. Paulo que é datada de 1953 e que no meio da década de 80 o antigo Sedan Clube (atual Fusca Clube- Brasil) fez um encontro na frente do antigo portão deste galpão que nesta época já estava instalada uma conhecida empresa americana de balanças de pesos, e o propósito da foto foi dar a mesma vista que a antiga foto divulgada com a disposição dos Vws e Kombi estacionados na rua.
Felizmente o antigo galpão ainda mantinha suas caracteristicas remanescentes da década de 50.
E em uma outra oportunidade já em 1991 retornei lá com meu Vw 1959 e meu filho Charles Faria, então com uns 6 anos e tirei uma foto diante daquele portão da antiga Vw.
Mas o tempo passou e recentemente voltei a rua do Manifesto e nada mais restou, a empresa de balanças repassou o prédio a um centro de atacado de alimentos que tomou as "devidas providências" de arrancar o portão e murar a entrada e descaracterizar o que restou, senti algo triste dentro de mim, imaginei que o portão deveria ter sido vendido por peso a algum sucateiro para ser posteriormente ser derretido e quisera eu te-lo adquirido e até colocar na entrada da garagem da minha residência, mas são apenas "sonhos de uma noite de verão".
O que aconteceu na antiga Ford da rua Solon, também aconteceu na fabrica da Puma da avenida Presidente Wilson, bairro do Ipiranga e na Vemag da DKW e tabém na CAIO de ônibus na Penha SP que trabalhei e assim vai a história de um povo sem memórias se perdendo no tempo e na especulação imobiliária, e as fabricas pouco importam com sua própria memória, a não ser que seja da matriz no exterior, por aqui só fica o titulo de que "um povo que não preserva o passado não tem um futuro", ou que "brasileiro tem memória curta", mas isto tem que mudar alguma dia...
fotos: Dario Faria

domingo, 18 de julho de 2010

placa amarela

Navegando pela "rede" encontrei esta intrigante foto mostrando uma dupla de Kombis, o site que o qual foi retirada: http//67callook.blogspot.com que fica na distante Itália onde o popular é o Fiat e carro esporte se costuma chamar de macchina que também é sinonimo de Ferrari e Lamborghini, mas também tem o Vw Fusca que por lá é o Maggiolino, pois bem e o que importa realmente saber é que estas duas senhoras que me parecem serem brasileiras e sendo assim foram exportadas por alguém que as levou a Europa e o interessante é notarmos que estão com placas brasileiras mas na cor amarela, a primeira do Rio de Janeiro, embora a letra "CHF" seja de São Paulo e a segunda com placa de São Paulo, mas com as letras "GXC" de origem de alguma cidade do interior de Minas Gerais e o motivo que elas foram trocadas de cor, do cinza para o amarelo não sabemos, talvez por que as placas da comunidade europeia utilizadas na Itália sejam da cor branca e isto foi feito para dar um diferencial e mais destaque...
No meu modesto conhecimento as placas com apenas números na cor laranja são muito antigas, talvez da década de 50 e algumas passaram para a cor amarela no final da década de 70...
Nesta antiga revista 4Rodas de Julho de 1963 podemos ver uma desta na cor laranja em um belo Porsche 356: o objeto de desejo de muitos de nós...
Quando em São Paulo as placas de sistema alfa-numérico, ou seja: com letras e números chegaram a disponibilizar as letras "Vw" muitos apaixonados por Fuscas correram para mudar de placa e personalizar o seu veículo, acima o Vw split window sun-roof prata do Eduardo Oraha...
E mais um outro que se beneficiou desta letra VW e com a combinação do ano 1963, certamente dando um toque de classe ao Vw...
Mas isto tudo já se foi e no inicio da década de 90 devido a falta de numero placas que ocorreu na cidade de São Paulo, obrigando o governo mudar o sistema para placas com três letras e na cor cinza, ao meu ver eu particularmente escolheria outra cor em um tom mais agradável, ou continuaria no amarelo idêntico ao da primeira foto.
Dario Faria
fotos: 67callook.blogspot;revista 4 Rodas;arquivo pessoal.

sábado, 17 de julho de 2010

Karmann-Ghia , o inicio parte lV

Para melhor entendermos sobre o inicio dos Karmann-Ghias obrigatoriamente temos que ir a um passado mais distante que a história nos conta sobre o elegante e imponente Chrysler D'elegance de 1953, o qual foi a inspiração para a futura criação do Karmann-Ghia coupe.
É fácil identificar nas linhas harmoniosas deste veículo:
o contorno do teto, o formato das janelas e a saliência lateral do para-lama traseiro denunciam as semelhanças evidentes que inspirou o projeto do Karmann-Ghia.Neste período fértil da "Carrozzeria Ghia" foram fabricados outros modelos para a Chrysler na Europa nesta época.
Acima mais um Chrysler deste periodo, embora hajam diferenças na aparência da grade dianteira, o formato do teto e as laterais se mantem fiéis com desenhos semelhantes, e por sinal muito belo e elegante!
Dario Faria
fotos: divulgação

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Na foto datada de 1962 mostra a passagem de Berlin oriental (lado comunista) para o lado ocidental (capitalista) para muitos alemães presos no duro regime soviético esta era chamada a "ponte da liberdade", tempos escuros que ficaram no passado...E somos felizes por estarmos aqui e somos mais felizes ainda por sermos livres!
Dario Faria
foto: book Wirtschaftswunder, germany after the war 1952-1967

quarta-feira, 14 de julho de 2010

O primo PORSCHE

Dr. Ing. Ferdinand Porsche com seus netos: Ferdinand Piech a direita, filho de Dr. Anton Piech e Louise Porsche e a esquerda Ferdinand Alexander "Butzi" Porsche, filho de Ferdinand "Ferry" Porsche e nas mãos do avô Porsche o pequeno modelo do 356/001, este o primeiro veículo que receberia o carismático nome Porsche, o inicio de uma saga de esportivos respeitada no mundo todo .
Foi designado ao jovem Ferdinand Alexander Porsche, apelidado de "Butzi" a tarefa de desenhar o sucessor do já consagrado Porsche 356, e o primeiro modelo definitivo deste trabalho foi apresentado no Salão de Frankfurt em setembro de 1963 com a designação Typ 901, conforme demonstra a placa de licença do carro exposto, mas a Peugeot francesa reivindicou os direitos sobre a patente de ter modelos de carros com a designação de três números e um zero ao centro deste e assim a Porsche achou por bem trocar o nome para 911 para evitar problemas nas vendas para o mercado francês e surge a saga dos famosos Porsche 911.
A foto acima mostra um modelo Porsche 911 ano 1967 equipado com motor 6 cilindros e com as esportivas rodas em liga leve marca Fuchs, a marca Porsche sempre foi sinônimo de velocidade e elegância, mas com um valôr de lançamento muito alto de 21.000 DM (marcos alemães), próximo a 25% a mais que o modelo anterior: o Porsche 356 que estava saindo de linha.
Acima um raro modelo Porsche 912 ano 1968 no encontro da Luz em São Paulo. Segundo conta-se que uma decisão da diretoria da Porsche foi tomada para atender o depto de vendas, concluiu-se que era necessário deixar que muito mais pessoas tivessem a oportunidade de comprar um modelo Porsche,
e assim surgiu o modelo Porsche 912 em abril de 1965 com um preço de 16.250 DM (marcos alemães) e com um motor de 4 cilindros, 90 cv este modelo foi produzido até o final de 1968 quando sofreu a concorrência interna do modelo Porsche 911T que era vendida ao preço de 17.500 DM, apenas 2.100 DM a mais que o modelo 912.
fotos: Dario Faria; book The Porsche complete history.